Adriano Vizoni/Folha Imagem
O consumo de crak no país esta crescendo de forma assustadora. O que me surpreendeu esta semana foi a discussão para a diminuição da pena para os “pequenos traficantes”. Moro próximo da cracolândia de São Paulo e aqui o tráfico é feito de maneira teatral. Existe um esquema no qual gerente, segurança, olheiros e pequenos traficantes “trabalham” fantasiados de moradores de rua. Basta uma observação mais profunda para se perceber a diferença entre viciados (nóias) e os servidores do crime. Limpos e bem nutridos andam cuidadosamente descalços para que a sola de seus pés dê mais realismo a seus personagens. A droga chega a estes pontos de venda através de um revezamento entre pequenos traficantes. Estes dividem a carga com outros pequenos traficantes já posicionados estrategicamente.Os dependentes a pé ficam no local esperando a hora da nova carga ja os motorisados ficam rondando a area até o momento propicio .Quando a policia chega a manobra de defesa é engolir as pequenas quantidades estocadas. Nesse esquema, se multiplicarmos o numero de pequenos traficantes por no mínimo cinco porções (pedras) de crack , teremos uma grande quantidade de droga.Ao contrario de se pensar em redução de penas devemos sim intensificar a apreensão de drogas em seus pontos de distribuição.A apreensão mina a estrutura economica destes grupos criminosos.Existe uma dificuldade grande na fiscalização destas areas pois, lixo, cobertores, caixas de papelão e troxas de roupas são usadas pelos marginais para dificultar o trabalho da policia.No caso de São Paulo a participação da ROTA e do CHOQUE com cães farejadores fazendo cerco e revista nestas areas é fundamental para um combate eficaz.Alguns detalhes são facilmente percebidos como,pessoas normais em situação de rua não ficam próximas de bocas de fumo.Os nóias estão sempre onde estão os traficantes e onde tem traficante não tem nem assalto no seu raio de visão.Para resolver os problemas sociais nas ruas do Brasil precisamos primeiramente dividilos por grupos.Pessoas em situação de rua,dependentes químicos e marginais são grupos distintos.Para cada grupo existe uma solução diferente.Não podemos dividir as leis para crimes grandes ou pequenos.Precisamos urgentemente cumprir todas as leis no seu rigor.
SEM REGRAS NÃO TEM FUTEBOL.
Não tenha sombra de dúvidas que sim, há necessidade de se punir desde o pequeno traficante até o ''cabeça'' da coisa, o que não ocorre nunca talvez por conta de um sistema judiciário cada vez mais corrupto ou conviente com a desgraça alheia. Há necessidade de se punir todo e qualquer traficante desde sua ''ramificação'' no meio da sociedade até os mais considerados ''inocentes'' por que cairam de gaiato. Isso é conto da Carochinha, claro! A droga destrói todo e qualquer ambiente onde a mesma chegar, portanto a obivedade em acabar com as drogas e suas fontes se faz mais do que lógico, doa em quem doer. O governo tem lá sua maior parcela de culpa nisso, já que nada faz para combater esse horror causador de mazelas e mortes anunciadas. É pegar pesado para cima de todos os que da drogas, fazem uso e ''matar'' as ligações entre poder público e aliciadores.
ResponderExcluirVamos que vamos no combate as drogas!
Parabéns pelo post e super 2011!
Abraços;
Jhonas Silva!
Precisamos também combater a entrada de droga pelas fronteiras e os baroões do trafico que moram na Zona Sul carioca ou em bairros nobres de São Paulo(não conheço os nomes). É a grande crítica que se faz aqui no Rio, pq o BOPE só vai na favela e não mete o pé na porta nos condominios de luxo na Barra da Tijuca, no porto de Santos ou na fronteira com Bolivia e Colombia?
ResponderExcluirPrecisamos não só dividir os problemas sociais em grupos mas também restrea-los até sua origem, e a origem tanto das "pessoas em situação de rua,dependentes químicos e marginais" está na concentração de renda e na vontade exacerbada de ter uma casa de novela ou o carro do ano.
Bom, essa é a minha opnião.
Forte Abraço.
Oi,
ResponderExcluirA postagem e os comentários anteriores são muitíssimo interessantes porém, à luz daquilo que interessa ao "status quo".
A ação midiática do Rio esqueceu de dizer o que foi feito com os dependentes de drogas. Eles continuam a consumí-las. Quem as fornece? Os mesmos barões de antes, talvez de outro modo. Aposto que após 2016 tudo voltará ao que era antes, a menos que o Poder Público, além de continuar gerando novas oportunidades de trabalho, invista na prevenção a toda e qualquer dependência. Sugiro que comecem proibindo toda e qualquer propaganda de toda e qualquer bebida alcoólica.Estas são as maiores degradadoras de seres humanos, desde há muito.
Na extinta União Soviética, aí por 1991, se não me falha a memória, proibiram o consumo de álcool,no que deu? O alcoólatras fabricavam seu lenitivo em casa, sem critérios e sem higiene. Em função disto as mortes se sucederam, e o governo viu-se obrigado a revogar a proibição.
Tenho certeza que todo dinheiro que o mundo, em geral, e o Brasil, em particular, gastam no combate ao tráfico de drogas, caso fosse aplicado na prevenção à dependência, além de sobrar grana, a criminalidade seria muitas vezes menor.
Por que tantos jovens estudantes,inclusive universitários, cada vez mais cedo e em maior volume consome álcool?
FALTA DE PERSPETIVA DE FUTURO DIGNO.
Como isto deve ser resolvido?
CRIANDO OPORTUNIDADES DIGNAS DE TRABALHO PARA TODOS.
Para tal o Governo Federal precisa enfrentar os inúmeros interesses que se contrapõem, pois, faturam alto com a exploração da mão de obra e o desemprego, e todas as suas consequências.
Como disse em 1999 o comandante da PM de SP: numa ponta aumenta o desemprego e na outra a criminalidade.
Saúde e felicidade,
JPMetz