A necessidade de leis para punir pais que não cumpram com suas obrigações na criação dos filhos mostra a precariedade de nossas relações sociais. Já diziam os antigos, ”educação vem de berço”. O problema da violência nos tempos modernos tem como fator determinante a falta da presença física dos pais na educação dos filhos. Hoje muitos pais não conseguem um vinculo afetivo forte com seus filhos por não terem recebido esta herança de seus próprios pais. A questão não se restringe a classes sociais, é a sobrevivência numa sociedade consumista e extremamente competitiva que priva pais e filhos do tempo necessário a criação de laços afetivos seguros. Muita criança tem seus primeiros conflitos internos e externos mediados por irmãos, empregadas, babas ou Avós. A presença física dos pais nos momentos de angustias, raiva ou frustrações nos primeiros anos de vida de um ser humano é quase sempre insubstituívél. Essa mediação é o exercício para a formação do caráter do futuro cidadão. São nos primeiros conflitos em casa, que pais e filhos estabelecem regras para o convívio familiar e este balizara o convívio em sociedade.Limites são enraizados com carinho, e carinho é o abraço,o olhar, o beijo o telefonema,sim o telefonema pode ser uma presença física.Na contra mão o “presentinho” só reforça a competição e o consumismo, alem de aumentar a frustração dos pais quando não atinge os objetivos pretendidos.Tipo “eu te dei tudo que você sempre quis e é assim que você me agradece.”Precisamos parar de discutir leis para punir os homens e começar a preparar os homens para que não precisem de leis para viverem em paz.
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